Uma entrevista decapitou o responsável pela investigação do caso Maddie e é reveladora de duas coisas. A primeira é que a PJ continua sem perceber que as relações com a Comunicação Social têm de ser feitas por profissionais de comunicação e não por polícias. É um problema que se arrasta há anos
Ninguém ainda percebeu naquela casa que o mundo fechado, clandestino e estranho acabou no dia em que explodiu a Comunicação Social, nomeadamente televisões privadas, rádios e jornais. E ninguém se rala. Sempre assim foi, sempre assim será.
Gonçalo Amaral é polícia, é investigador criminal e é há vários meses insultado por um polícia inglês reformado, com acesso aos media, que se atira a ele como gato a bofe. Não tenho dúvidas de que é difícil viver com alguém, a partir de Inglaterra, a destruir o bom nome da carreira de um profissional empenhado. E como não sabe, e ninguém lho exija que saiba, respondeu rijo na entrevista que deu.
Ora foi aqui que se lixou. Porque ele deve investigar, pois é a sua profissão, e quem lhe deve defender a reputação é a instituição onde ele trabalha.
A entrevista correu-lhe mal, não se fez explicar com clareza e saiu a aparência de um tiro contra a polícia britânica. E quer o Gonçalo Amaral quer a PJ sabem que os seus colegas ingleses têm dado o litro neste caso.
A direcção da PJ foi pelo caminho natural: retirou-lhe o processo. Mas natural, natural mesmo, era a direcção perceber que não pode deixar investigadores sobre o fogo de gente que se compromete com uma das partes. Esse detective inglês reformado está comprometido com a sua xenofobia, com a sua própria vaidade, e sentado na bancada dispara contra quem está em jogo.
É um tonto.
O Gonçalo Amaral zangou-se com um tonto e fez exactamente aquilo que aqueles, que não querem ver o processo esclarecido, queriam. Não tenho dúvidas de que amanhã a raiva contra a polícia portuguesa vai ser maior. A culpa é do Gonçalo? É, acidentalmente. A culpa é de quem insiste em não perceber a ebulição das notícias pelo Mundo e continua a viver numa carapaça de silêncios. Também eles tontos.
Francisco Moita Flores
Direcção da PJ desagradada com declarações do coordenador de Portimão
O inspector-chefe da Polícia Judiciária (PJ) Olegário Sousa, nomeado porta-voz daquela entidade para o caso Madeleine McCann cerca de uma semana depois do desaparecimento da menina britânica, a 3 de Maio, deixou de exercer aquelas funções. A "ponte" entre a PJ e os órgãos de informação nacionais e estrangeiros passou para as mãos do gabinete de imprensa daquela polícia, que funciona em horário útil (entre as 9.00 e as 18.00).
. Já Viu Estas Crianças?
. Maddie
. Don't You Forget About Me (Videos)
. Assoc. Familiares de Desaparecidos
. Agrupacion de Familiares de Desaparecidos/Espanha
. Organizações Nacionais
. Instituto de Apoio à Criança
. Organizações Internacionais
. Child Exploitation and Online Protection Centre
. Welcome to Love Our Children USA
. National Center for Missing & Exploited Children/USA
. The International Centre for Missing & Exploited Children (ICMEC)
. ESPERANÇA
. Blogs Amigos
. APAMG
. Agualusa
. iGreen
. Memorial
. Outros
. Saúde
. Uma entrevista decapitou ...